23/05/2024 

Em assembleia realizada na tarde de hoje, 23 de maio, o Comando Local de Greve da Asav Sindicato realizou sua quinta assembleia de greve (fotos abaixo) no auditório da Economia Rural em Viçosa, com transmissão para os campi de Florestal e de Rio Paranaíba.

Nesta assembleia, foi explicada e discutida a nova proposta apresentada pelo governo na reunião do último dia 21 na 5ª Mesa de Negociações em Brasília. Na oportunidade, os caravaneiros relataram suas experiências e impressões sobre o movimento no local.

Quando colocada em votação, a proposta do governo foi REJEITADA pelo público presente por maioria absoluta, inclusive por Florestal e Rio Paranaíba, que votaram via enquete virtual.

Em seguida, discutiu-se sobre a conduta duvidosa de uma das coordenadoras da Fasubra, Cristina Del Papa. Observando suas falas em lives e sua conduta nas reuniões oficial e participação em reuniões extra-oficiais, chegou-se à conclusão que a mesma tem agido de maneira antissindical, motivando assim a elaboração de uma carta de repúdio e posterior envio da mesma ao Comando Nacional de Greve. Este encaminhamento foi APROVADO por todos os campi; a nota foi elaborada (anexa abaixo), lida e enviada ao CNG.

(imagens com audiodescrição)

#pratodosverem: Texto da nota de repúdio a seguir. 

NOTA DE REPÚDIO À COORDENADORA DA FASUBRA

O Comando Local de Greve da Asav Sindicato da Universidade Federal de Viçosa MG, vem repudiar a postura antissindical da diretora da Fasubra, Cristina Del Papa, durante as negociações entre o movimento grevista dos Técnicos Administrativos em Educação e o governo.

Por mais de uma vez, a citada diretora agiu de modo contrário – ou, no mínimo, diverso – às deliberações aprovadas pelas bases, modificando a bel prazer propostas já discutidas e aceitas democraticamente nas assembleias de todas as entidades aderentes ao movimento. Tais atitudes criam divergências perigosas, prejudiciais e que provocam desmobilização e enfraquecimento da greve, descaracterizando o papel da Federação nas negociações e na representação de todos os sindicatos que a compõem. Ainda, sua participação em reuniões paralelas às da negociação colocam em cheque sua credibilidade na condução de uma missão tão séria e crítica como a assumida pela Fasubra.

É inadmissível que a diretora da Fasubra aja como se desconhecesse os recentes reajustes concedidos a outras categorias, em patamares muito superiores aos oferecidos aos TAEs, inclusive com impacto orçamentário muito maior. Não argumenta na mesa o fato de que necessitamos com urgência de reajuste ainda em 2024, haja visto a ausência de reajustes desde 2017; a coordenadora desconhece que a proposta de unificação das classes foi elaborada pelos próprios técnicos do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e Ministério da Educação, o que corrigiria a distorção e a injustiça cometidas em 2005.

Não há que se falar em “avanço na proposta” quando o governo oferece um reajuste total de 14% sendo que cálculos técnicos do Dieese demonstram que nossas perdas acumuladas ultrapassam 34%. Ainda, os reajustes postos em benefícios não podem ser considerados como avanço pois, além de não estarem na pauta do atual movimento grevista e não contemplarem a todos os servidores, não podem ser contabilizados para aposentadoria; foram reajustes bem-vindos, contudo, extra pauta.

Caso as ideias de aceite embutidas no comportamento da coordenadora fossem implementadas, a categoria dos Técnicos Administrativos das IFEs e dos IFTs continuariam a ser a pior carreira do funcionalismo, perpetuando uma situação absurda de desestímulo de permanência dos servidores atuais, visto que continuaríamos com salários defasados, sem propostas efetivas de conseguirmos o RSC e teríamos a manutenção da classificação irreal dos cargos que têm os mesmos afazeres, responsabilidades e necessidades técnicas, contudo em classes e vencimentos diferentes.

Não é postura condizente de uma coordenadora da Federação ignorar estas necessidades da base, com defasagem salarial absurda, pior carreira do funcionalismo federal ao estar na Mesa de Negociação sendo mais solidária ao governo do que à base.

Reiteramos o que foi deliberado e APROVADO em assembleia e plenária por nossa base e tantas outras pelo país:

unificação salarial dos níveis A+B, C+D e E, sendo A+B recebendo 40% do E e C+D recebendo 60% do E;
recomposição salarial da carreira de no mínimo 34%;
manutenção das discussões e implementação do Reconhecimento de Saberes e Competências.

Com isto colocado, encaminhamos ao Comando Nacional de Greve o que se segue:

reiteração de cumprimento das exigências acima colocadas, por terem sido as deliberadas e aprovadas pelas bases e encaminhadas à Federação em tempo apropriado;
afastamento imediato de Cristina Del Papa das próximas Mesas de Negociação, visto que a coordenadora não está defendendo as propostas aprovadas pela categoria nem o deliberado pela Fasubra e outras entidades mas, sim, apresentando e defendendo propostas rebaixadas;

Sem mais, subscrevemos.

Comando Local de Greve

Asav Sindicato 

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