À
COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA E À SOCIEDADE DE VIÇOSA
As transformações no Mundo do Trabalho e o Estado Mínimo nas Universidades Federais
Vivemos tempos difíceis, de injustiças, e insensibilidade absoluta por parte do governo federal perante os servidores das Universidades Federais.
Após dois anos do governo Michel Temer e quatro anos de Jair Bolsonaro, totalizando 6 anos do campo político da direita brasileira no poder no Brasil, dirigindo e determinando as diretrizes econômicas de nossa sociedade, nós, servidores Técnicos Administrativos das Universidades, ficamos seis anos sem reajustes de nossos salários, pagando nossas despesas com a mesma renda de 2016.
Agora, em pleno governo novo, do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, novamente estamos sofrendo o arrocho e desprezo por um governo dito popular, que em negociações intermináveis, que, com previsão orçamentária em 2022, concedeu apenas 9% em 2023, e agora oferece-nos reajuste Zero para o corrente ano.
O sucateamento e a terceirização nas universidades estão a pleno vapor. Além disso, é de conhecimento da categoria dos técnicos administrativos, estudantes e docentes, que os nossos salários, ou melhor, os salários dos trabalhadores e trabalhadoras em educação das universidades federais são os menores salários do funcionalismo federal.
Outro ponto importante é que não podemos deixar de falar que nós temos uma luta incansável contra o desmonte e descasos com as universidades públicas, bem como, com a carreira dos servidores técnicos administrativos.
Na última quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024, aconteceu em Brasília a 7ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) entre o Governo Federal e a bancada Sindical, participaram dessa reunião as entidades representativas dos servidores públicos Federais. O vice-presidente da Federação, Flávio Silva, representou o PROIFES na reunião. O Secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijó, representante do Governo na MNNP, em resposta à contraproposta apresentada, pela bancada sindical manteve a posição de reajuste zero, dizendo que o Governo está esperando a confirmação do aumento da arrecadação, para então trabalhar com a possibilidade de reajuste.
Feijó afirmou que essa é uma promessa do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da Ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. O Secretário deixou claro também que uma nova reunião da MNNP acontecerá no mês de maio.
Entretanto sobre os benefícios, como auxílio alimentação, saúde e creche o governo manteve a proposta de aumento. Mas isso, não atende toda categoria principalmente os aposentados. E o auxílio saúde somente para as pessoas que tem planos de saúde.
É preciso que a Comunidade Universitária da UFV e a sociedade de Viçosa tomem conhecimento desta realidade urgente, pois nós servidores estamos sendo “empurrados” para uma greve com paralisação absoluta de todas as nossas atividades, visto que após todos estes anos de salários defasados, as tratativas com a nossa classe são de total desrespeito a milhões de trabalhadores, pais de famílias, profissionais de nossas Universidades públicas, que fazem nossas Instituições de Ensino funcionar, e funcionar com qualidade.
Lula, Fernando Hadad, Camilo Santana, ignoram por completo nossas reivindicações.
Assim, esperamos que cada servidor da UFV, tome conhecimento do que é a ASAV, da sua luta Histórica em defesa dos servidores e, como os ex servidores da UFV obtiveram um mínimo de respeito dentro da Instituição a partir criação de nossa ASAV.
Que cada Técnico de Nível Superior, que cada Técnico de Nível D, Níveis C, B e A, tomem uma decisão muito bem pensada de lutar por sua carreira ou estaremos aceitando ser escravos sem correntes nos pés.
Que a sociedade de um modo geral entenda que o país direciona mais de 5 bilhões de Fundo Partidário, mas para os servidores insistem em reajuste Zero.
Que o orçamento direciona 50 bilhões para Emendas Parlamentares e nós servidores não temos direito a reajuste salarial?! Inaceitável.
A Luta é de todos!
