25/7: “Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”

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O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha completa 30 anos nesta segunda-feira (25/7). A data é um marco na luta por direitos e resistência da mulher negra, contra o racismo, a opressão de gênero e as desigualdades. O dia remete ao I Encontro de Mulheres Negras da América Latina e Caribe, na República Dominicana, em 1992. No Brasil, em 2 de junho de 2014, a data também passou a representar o dia de Tereza de Benguela, grande líder quilombola, símbolo de luta pela liberdade no século XVIII.

Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, viveu no Vale do Guaporé, Mato Grosso, e liderou o Quilombo de Quariterê, após a morte de seu companheiro, José Piolho, época em que a comunidade cresceu e incomodou o governo escravagista. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770.

No Brasil atual, a ausência de políticas públicas de um governo racista, aumentou as desigualdades e vulnerabilidades da população negra no país, sobretudo em relação às mulheres. De acordo com dados do Fórum Nacional da Segurança Pública, divulgados no mês passado, a mulher negra continua sendo a maior vítima de violência sexual. Os dados relacionados a estupro no Brasil em 2021 apontam que, entre as vítimas, 52,2% eram mulheres negras e 46,9% eram mulheres brancas.

As mulheres negras também são as que mais sofrem com questões como emprego e renda. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo IBGE e divulgada na semana passada, mostra que mulheres, pardos e negros ainda são a maioria da população brasileira. Entretanto, mulheres negras ocupam apenas 8,9% dos cargos das empresas, em um contingente de 32% de mulheres. Já em cargos de gerência e acima, o cenário é ainda pior, com apenas 3% de mulheres negras.

Este ano a Marcha das Mulheres Negras volta a ocorrer em diversas capitais do Brasil, como Salvador, São Paulo e Belém, entre outras. A luta das mulheres negras é tema frequente da FASUBRA Sindical. Para a Federação a luta dos movimentos sindicais e sociais devem intensificar as ações para proteger a população negra em tempos de governo racista, misógino e machista.

 

Fonte: Fasubra Sindical

25/7: “Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha”

 

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