Em uma recente medida, o governo federal lançou a Instrução Normativa Conjunta SEGES-SGPRT/MGI Nº 24, de 28 de julho de 2023, que promove uma mudança significativa na forma como os servidores públicos serão avaliados e controlados.
A partir de agora, o tradicional ponto eletrônico será deixado de lado, e em seu lugar, entra um sistema baseado em produtividade e resultados. Os servidores serão responsáveis por definir metas e prazos, demonstrando o que será entregue dentro de um determinado período.
Essa medida tem sido alvo de debates e controvérsias. Enquanto alguns enxergam nessa mudança uma oportunidade de valorização do trabalho baseado em resultados efetivos, outros levantam preocupações sobre a possibilidade de maior pressão por resultados e a falta de uma avaliação mais holística do serviço público prestado.
De fato, a qualidade do serviço público vai muito além de números e metas. Estamos lidando com demandas diversas e sensíveis, que exigem atendimento diferenciado e comprometido com o bem-estar da população.
A questão que fica é: como garantir que o novo sistema de controle valorize a eficiência sem perder de vista a humanidade e a importância dos serviços prestados?
É essencial que haja um diálogo aberto entre o governo e os servidores, garantindo que a normativa seja construída de forma participativa e inclusiva. Somente assim será possível alcançar um equilíbrio entre a busca por resultados e o respeito aos direitos e necessidades dos cidadãos.
Vamos acompanhar de perto os desdobramentos dessa medida e suas repercussões na administração pública. O futuro do serviço público está em jogo, e é fundamental que caminhemos juntos para encontrar soluções que beneficiem a todos.
Fonte da notícia: Folha de São Paulo